AR PURO, GELADO E SAÚDE PARA SUA FAMÍLIA! Manutenção do Ar-Condicionado Automotivo
Troca do filtro e higienização periódica do sistema de Ar-Condicionado Automotivo garante que ambiente dentro do habitáculo fique livre de fungos e bactérias
Calor intenso, cheiro de mofo, alergia de pele, garganta arranhando e olhos doloridos. Sensações incômodas como essas, sentidas dentro do carro, podem ser causadas por sujeira acumulada por muito tempo no sistema de condicionamento de ar. Para passar longe desses transtornos, bastam alguns cuidados simples por parte dos donos de veículos.
Troca de filtro
O ar recolhido do lado de fora do veículo é, geralmente, carregado de bactérias e fungos. Dentro da tubulação e na caixa de ar, ambientes úmidos e frios, os microrganismos encontram condições favoráveis para se reproduzirem. Com intenção de evitar parte dessa contaminação no sistema, a indústria automobilística passou a equipar veículos projetados depois de 1995 com os chamados filtros antipólen, papéis especiais que não deixam que partículas cheguem ao interior do equipamento. A troca é recomendada pelos fabricantes a cada 15 mil quilômetros ou a cada ano, mas se a vazão de ar diminuir consideravelmente é indício de que o papel está saturado e a substituição deve ser feita o mais rápido possível. “Esses filtros são bactericidas, mas perdem o efeito com cerca de um ano, por isso é bom fazer a troca nesse período. Quem roda por estradas de terra deve ficar atento, porque o filtro é mais exigido e perde mais rapidamente a função”, explica Paulo Fidelis Martins, sócio da Pingüim, empresa especializada em ar-condicionado para carros.
Spray
Apesar do filtro trazer maior proteção ao sistema, ele não é garantia de que uma colônia de bactérias não vá se instalar no ar-condicionado. Por isso, é necessário fazer a higienização do sistema periodicamente. Um dos métodos mais comuns é o de borrifar com spray um produto desinfetante. “O ideal é que se jogue no evaporador, cuja posição varia de modelo para modelo. Nos manuais não há referência sobre qual a saída de ar mais adequada para se fazer a borrifação, por isso é bom que seja feita por uma pessoa especializada, para não correr o risco de o produto não fazer efeito”, afirma Martins. Numa oficina, o custo da higienização é de aproximadamente R$ 80.
Nebulização
Outro método mais eficiente que o spray é a nebulização. O bactericida, que também mata ácaros, é transformado em vapor, o que permite atuação mais ampla do produto. “Ele fica circulando no sistema. Assim, consegue atingir todos os dutos, além de ser eficiente contra bactérias, fungos e ácaros que podem estar nos bancos e nos revestimentos internos”, explica Paulo Martins. Esse procedimento custa cerca de 50% mais caro que o primeiro. Os dois procedimentos de higienização química demandam apenas algumas horas e devem ser feitos também anualmente.
Certificado
Em ambos os casos, é recomendado ao consumidor verificar se o produto a ser usado é certificado pela Vigilância Sanitária. Abrir mão desse cuidado pode fazer com que a limpeza traga mais problemas de saúde do que as consequências de um sistema contaminado.
Mão na massa
Em casos graves de contaminação, ou se o motorista ou passageiros forem alérgicos ou mais sensíveis a problemas respiratórios, a solução é mesmo uma limpeza mais pesada, com desmontagem do equipamento. “A limpeza química diminui a necessidade dessa higienização mais cuidadosa, mas há casos em que só ela resolve o problema”, explica Martins. O bactericida usado nesses casos é mais forte e alguns dos componentes chegam a ficar ‘de molho’ na solução por algum tempo. Os dutos também são lavados, com ajuda de água e ar comprimido. Além de ser bem mais caro (de R$ 350 a R$ 1 mil), demora, em média, três dias.
Pôr para secar
Uma dica fácil e que garante a qualidade do ar é a secagem do evaporador. Três quarteirões antes de parar o carro, o motorista deve desligar o ar-condicionado e manter funcionando apenas a ventilador. “O vento seca o equipamento. Sem umidade, as chances de as bactérias e fungos se reproduzirem é muito menor”, explica o sócio da Pingüim.
Ar quente pode ser fria
Alguns motoristas podem querer secar o Ar-Condicionado Automotivo com vento quente. O processo pode ser arriscado, sobretudo se esse equipamento não é usado com frequência. Em alguns carros, o sistema é acionado por uma válvula ligada ao sistema de arrefecimento do motor. Assim, como tudo o que não é usado com regularidade, esse componente pode falhar na hora que é exigido. Se não emperrar na hora de ligar, pode parar de funcionar quando desligado. Para evitar problemas como esse, ligue o ar quente de vez em quando para ver se o sistema está funcionando bem.